Acabou a ofensiva israelense em Gaza, que aproveitou o vácuo de um Bush exaurido e um Obama ainda não empossado. Mais um crime contra a humanidade promovido por Israel, o principal representante dos ideais de limpeza étnica hoje. A vítima incorpora o carrasco.
A criação de condições insuportáveis de vida na Palestina faz parte do projeto de expulsão ou eliminação física de todos os palestinos, com o forte apoio dos lobbys evangélicos fundamentalistas e sionistas nos EUA.
Minha sugestão para quem quer conhecer melhor esse drama humano é o documentário Occupation 101, que pode ser assistido no Google Video (com legendas em português):
http://video.google.com/videosearch?q=occupation+101&emb=0&aq=f#emb=0&aq=f&q=occupation%20101%20legendado&src=3
Outros mundos possíveis. Blog de opinião e divulgação científica, desde meu microcosmo, a UEPG, às questões de interesse geral, de um ponto de vista interessado no ensino de História, Educação em geral, consciência histórica, cultura política e transformação social.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA
domingo, 25 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Sobre o primeiro ano com cota para negros na UEPG
Alguns dos principais dados:
- a procura dos negros pelo sistema é muito pequena, abaixo do que o piso da cota estabelece.
- a evasão dos cotistas negros é fabulosa, 25,6 % dos matriculados, contra algo como 10% nas outras cotas
- apesar de todas as dificuldades, a média dos cotistas negros (excluindo os desistentes) é muito parecida com a média geral dos cursos em que pelo menos um cotista negro está matriculado até o final do ano: 6,26 para os cotistas negros contra 6,38 da média geral. Desses cursos em que houve matrícula de cotistas negros e pelo menos um deles não desistiu (um total de 28 cursos), em 11 deles a média dos cotistas negros é superior à média geral do curso. Isso prova que o cotista negro é um aluno como qualquer outro, e que a idéia de que a cota para negros iria rebaixar a qualidade dos cursos da universidade mostrou-se apenas uma aposta contrária à promoção da igualdade racial através dessa política afirmativa.
- a procura dos negros pelo sistema é muito pequena, abaixo do que o piso da cota estabelece.
- a evasão dos cotistas negros é fabulosa, 25,6 % dos matriculados, contra algo como 10% nas outras cotas
- apesar de todas as dificuldades, a média dos cotistas negros (excluindo os desistentes) é muito parecida com a média geral dos cursos em que pelo menos um cotista negro está matriculado até o final do ano: 6,26 para os cotistas negros contra 6,38 da média geral. Desses cursos em que houve matrícula de cotistas negros e pelo menos um deles não desistiu (um total de 28 cursos), em 11 deles a média dos cotistas negros é superior à média geral do curso. Isso prova que o cotista negro é um aluno como qualquer outro, e que a idéia de que a cota para negros iria rebaixar a qualidade dos cursos da universidade mostrou-se apenas uma aposta contrária à promoção da igualdade racial através dessa política afirmativa.
Marcadores:
educação,
inclusão educacional,
políticas afirmativas,
uepg
domingo, 18 de janeiro de 2009
Relatório sobre o primeiro ano da política de cotas da UEPG
Publico aqui o link para o relatório sobre a política de cotas da UEPG em 2007. Eu presidi a comissão e mesmo não estando aprovado o mesmo, é público e importante!
http://br.geocities.com/lfcronos/RelatorioAvaliaCotasUEPGref2007.pdf
(Se não funcionar, copie o endereço e cole na barra de endereços do seu navegador. É preciso ter o Acrobat Reader instalado
Nas próximas postagens, discuto alguns dos resultados.
http://br.geocities.com/lfcronos/RelatorioAvaliaCotasUEPGref2007.pdf
(Se não funcionar, copie o endereço e cole na barra de endereços do seu navegador. É preciso ter o Acrobat Reader instalado
Nas próximas postagens, discuto alguns dos resultados.
domingo, 11 de janeiro de 2009
SÓ SE VÊ NA GRÔBO!
A Grôbo vive se gabando do papel social que cumpre quando se trata de suas novelas e mini-séries: elas promoveriam debates sobre preconceito, educação, participação política, etc.
Ora, a Globo sempre faz isso tomando posição, obviamente, e multiplicando sua opinião. Que é partidária, no sentido de não ser consensual.
E isso é até compreensível porque a Globo é uma empresa que não tem a obrigação de representar o todo, a nação, e representa só seu interesse. Só que a massa de tontos que infesta o país acaba achando que a vênus platinada é a própria sociedade civil, ou a opinião pública encarnada.
Fosse assim, a foto da montanha de dinheiro que ela arranjou e publicou nas vesperas do primeiro turno da eleição presidencial de 2006 contra a campanha Lula teria colocado no poder o Alckmin.
O teorema é assim:
- O saudoso Brizola afirma que Globo é prejudicial ao desenvolvimento político do país porque manipula a opinião pública.
- A Globo elege o Collor, derruba o Collor, elege o FHC, abandona FHC, bajula o Lula, não ganha dinheiro para salvar seus investimentos em crise, tenta ajudar a derrubar o Lula ...
- A Globo concorda com a gente que interfere sobre a formação de opinião pública nacional nos seus comerciais. Lógico que não fala de política, mas de comportamento. Mas vale para a política, para o opinião sobre as questões educacionais, etc.
C.Q.D.
A concessão pública que permite que a TV exista gera uma força que não traz uma opinião pública, mas uma opinião partidária. A Globo (como a Record, ou o SBT, ou a Band... só que mais intensa e claramente que essas) é um partido político, cujo presidente e é o neocon Ali Khamel, diretor executivo da empresa.
Lembrei disso porque a Globo tomou posição quanto (e tornou hegemônica) à escolarização regular dos portadores de necessidades especiais, com a novela que tinha a Regina Duarte ("eu tenho medo") representando a mãe adotiva de uma menininha portadora de Síndrome de Down.
Trata-se de impor que se aceite a posição através de elementos afetivos usados na novela, não de promover a discussão sobre o tema, como a Vênus pensa que faz.
Mas isso é o que o professor Chomsky chama de "Natureza antidemocrática do capitalismo" (veja o artigo aqui)
Ora, a Globo sempre faz isso tomando posição, obviamente, e multiplicando sua opinião. Que é partidária, no sentido de não ser consensual.
E isso é até compreensível porque a Globo é uma empresa que não tem a obrigação de representar o todo, a nação, e representa só seu interesse. Só que a massa de tontos que infesta o país acaba achando que a vênus platinada é a própria sociedade civil, ou a opinião pública encarnada.
Fosse assim, a foto da montanha de dinheiro que ela arranjou e publicou nas vesperas do primeiro turno da eleição presidencial de 2006 contra a campanha Lula teria colocado no poder o Alckmin.
O teorema é assim:
- O saudoso Brizola afirma que Globo é prejudicial ao desenvolvimento político do país porque manipula a opinião pública.
- A Globo elege o Collor, derruba o Collor, elege o FHC, abandona FHC, bajula o Lula, não ganha dinheiro para salvar seus investimentos em crise, tenta ajudar a derrubar o Lula ...
- A Globo concorda com a gente que interfere sobre a formação de opinião pública nacional nos seus comerciais. Lógico que não fala de política, mas de comportamento. Mas vale para a política, para o opinião sobre as questões educacionais, etc.
C.Q.D.
A concessão pública que permite que a TV exista gera uma força que não traz uma opinião pública, mas uma opinião partidária. A Globo (como a Record, ou o SBT, ou a Band... só que mais intensa e claramente que essas) é um partido político, cujo presidente e é o neocon Ali Khamel, diretor executivo da empresa.
Lembrei disso porque a Globo tomou posição quanto (e tornou hegemônica) à escolarização regular dos portadores de necessidades especiais, com a novela que tinha a Regina Duarte ("eu tenho medo") representando a mãe adotiva de uma menininha portadora de Síndrome de Down.
Trata-se de impor que se aceite a posição através de elementos afetivos usados na novela, não de promover a discussão sobre o tema, como a Vênus pensa que faz.
Mas isso é o que o professor Chomsky chama de "Natureza antidemocrática do capitalismo" (veja o artigo aqui)
Marcadores:
inclusão educacional,
opinião pública,
Rede Globo
LIBRAS nos cursos de licenciatura - por que não JIU-JITSU?
Alguém acha que tudo se resolve criando uma disciplina a mais para aquilo que lhes dá na telha. Na escola ou na universidade.
Tinha gente que achava que uma disciplina sobre drogas ia diminuir o consumo de drogas entre os universitários. Devem ter cheirado leite em pó! Que viagem!
Agora, as licenciaturas vão ter que integrar na sua grade de disciplinas a matéria de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais), de modo a preparar melhor os futuros professores para acolher condignamente os portadores de necessidades especiais.
É justo. É politicamente correto.
Mas como sempre, tudo o que vem de cima para baixo para ser executado por quem não foi consultado sobre a medida, é incompleto, e tem pouca chance de cumprir o objetivo declarado. Afinal nessas coisas sempre tem um objetivo declarado e um objetivo subjacente. Nesse caso, acho que o subjacente é a necessidade de dar resposta aos grupos de pressão em defesa dos portadores de necessidades especiais, por parte do poder público. A resposta tá dada, e uns outros pensam que projeto é solução.
Essa idéia já é antiga, mas vale a pena retomar: o professor tem cada vez mais tarefas e obrigações, e cada vez menos condições de trabalho. Atender aos portadores de necessidades especiais é mais uma dessas situações. Estudar libras é um arremedo de solução, válida mas insuficiente, e que pode ser completamente perdida porque ninguém se lembrou de convencer os professores de que essa saída é a mais adequada para a educação dos p.n.e. Parece-me que esse debate ficou na Pedagogia e não recebeu ação ou atenção nas demais licenciaturas.
O professor nesse quadro é executor.
Se houvesse efetiva preocupação com ele na resolução dos problemas de sala de aula, o currículo das licenciaturas deveria incluir mais duas cadeiras:
- Teoria e prática do enfrentamento da agressão verbal.
- Defesa pessoal I (agressões desarmadas), II (agressões com arma branca) e III (agressões com arma de fogo).
Ser professor vai deixando de ser uma habilidade intelectual e tornando-se uma habilidade física:
Tinha gente que achava que uma disciplina sobre drogas ia diminuir o consumo de drogas entre os universitários. Devem ter cheirado leite em pó! Que viagem!
Agora, as licenciaturas vão ter que integrar na sua grade de disciplinas a matéria de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais), de modo a preparar melhor os futuros professores para acolher condignamente os portadores de necessidades especiais.
É justo. É politicamente correto.
Mas como sempre, tudo o que vem de cima para baixo para ser executado por quem não foi consultado sobre a medida, é incompleto, e tem pouca chance de cumprir o objetivo declarado. Afinal nessas coisas sempre tem um objetivo declarado e um objetivo subjacente. Nesse caso, acho que o subjacente é a necessidade de dar resposta aos grupos de pressão em defesa dos portadores de necessidades especiais, por parte do poder público. A resposta tá dada, e uns outros pensam que projeto é solução.
Essa idéia já é antiga, mas vale a pena retomar: o professor tem cada vez mais tarefas e obrigações, e cada vez menos condições de trabalho. Atender aos portadores de necessidades especiais é mais uma dessas situações. Estudar libras é um arremedo de solução, válida mas insuficiente, e que pode ser completamente perdida porque ninguém se lembrou de convencer os professores de que essa saída é a mais adequada para a educação dos p.n.e. Parece-me que esse debate ficou na Pedagogia e não recebeu ação ou atenção nas demais licenciaturas.
O professor nesse quadro é executor.
Se houvesse efetiva preocupação com ele na resolução dos problemas de sala de aula, o currículo das licenciaturas deveria incluir mais duas cadeiras:
- Teoria e prática do enfrentamento da agressão verbal.
- Defesa pessoal I (agressões desarmadas), II (agressões com arma branca) e III (agressões com arma de fogo).
Ser professor vai deixando de ser uma habilidade intelectual e tornando-se uma habilidade física:
Marcadores:
escola pública,
formação de professores,
inclusão educacional,
licenciaturas
Assinar:
Postagens (Atom)