terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sobre o primeiro ano com cota para negros na UEPG

Alguns dos principais dados:

- a procura dos negros pelo sistema é muito pequena, abaixo do que o piso da cota estabelece.

- a evasão dos cotistas negros é fabulosa, 25,6 % dos matriculados, contra algo como 10% nas outras cotas

- apesar de todas as dificuldades, a média dos cotistas negros (excluindo os desistentes) é muito parecida com a média geral dos cursos em que pelo menos um cotista negro está matriculado até o final do ano: 6,26 para os cotistas negros contra 6,38 da média geral. Desses cursos em que houve matrícula de cotistas negros e pelo menos um deles não desistiu (um total de 28 cursos), em 11 deles a média dos cotistas negros é superior à média geral do curso. Isso prova que o cotista negro é um aluno como qualquer outro, e que a idéia de que a cota para negros iria rebaixar a qualidade dos cursos da universidade mostrou-se apenas uma aposta contrária à promoção da igualdade racial através dessa política afirmativa.

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