segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dilma, para a UEPG seguir mudando

Fui admitido na UEPG no primeiro ano do governo FHC, e aqui estou até hoje, último ano do governo Lula. O crescimento que a Universidade teve nesses últimos anos supera de longe a situação que tivemos entre 1995 e 2002, período do governador Lerner e do presidente FHC.
O crescimento atual da UEPG tem suas bases no talento e na garra de seus profissionais (que tocaram projetos em diante mesmo diante de todo tipo de dificuldade) e em uma conjuntura favorável disposta pelos governos Requião e Lula, porque não foram governos privatistas e com filosofia de estado mínimo, para a qual universidade é despesa, e não investimento. Obviamente, sem a administração séria que tivemos, não teríamos avançado.
Nos anos FHC e Lerner, ensino superior era visto como um peso para a sociedade, um ladrão das verbas do ensino básico. Pouquíssimos pesquisadores conseguiam financiamento para a pesquisa, havia poucas bolsas de estudo, e seu valor era corroído pela falta de reajuste. As iniciativas que havia envolviam quase sempre a empresa privada, e, mais que atingir os fins educacionais a que se destinavam, deviam gerar lucro para particulares.
Serra representa o estado mínimo, que quer restringir o setor público para transferir todo o recurso possível ao mercado. Lula foi capaz de quebrar esse ciclo e, sem quebrar contratos e gerar instabilidade, conseguir recursos para a expansão do setor público, inclusive as universidades públicas estaduais, que se beneficiaram das políticas de expansão da CAPES e do CNPq, além do FINEP e Ministério da Educação, entre outros.
O problema não é a pessoa de Serra, mas a concepção de administração pública e de tratamento do ensino superior que ele carrega desde os anos 90, com toda a equipe que o assessoria na presidência. No conjunto com o governo tucano do Paraná, Serra traria de volta os anos de míngua para as estaduais paranaenses, pois a ideologia do estado mínimo estaria nas duas esferas.
Dilma e Serra estão muito longe de ser iguais, quem afirma isso não estudou um mínimo de análise de conjuntura e é presa de um discurso ao mesmo tempo fácil e falso. Segundo turno é hora de optar, não de se omitir.

Por tudo isso apelo a todos os alunos, aos colegas professores e aos amigos funcionários, pelo voto crítico em Dilma 13, em 31 de Outubro. Pode até ser que ela não seja a candidata dos nossos sonhos, mas Serra é o candidato dos nossos maiores pesadelos.

3 comentários:

Maria Paula disse...

Olá Professor, excelente texto! E o último paragrafo reflete muito bem o que eu, e muitas pessoas pensam.
Analisando todo o progresso do Brasil a partir de 2003, não consigo entender o porque de pessoas da nossa Universidade, do nosso Departamento, cogitam a hipotese de votar no Serra.
Estou com medo do resultado dia 31, já basta um tucano para nos governar aqui no PR. Ter o Serra lá em cima, será retrocesso demais.
Espero de verdade, que isso não aconteça.

Hurlan disse...

A realidade esta aí em cima!!! Só não enxerga quem não vê!!!
A população sabe muito bem o que é melhor, e o melhor é Dilma na presidência. Para continuar os avanços do governo Lula.
Avanços esses que mudaram a vida dos brasileiros para melhor.
E afirmo também o que afirmou nossa amiga Maria Paula, ja temos tucanos demais, ja basta o prefeito que favorece apenas a elite agora temos infelizmente um governador com a mesma posição politica e daí termos Serra como presidente... Ninguém merece isso!!!
Então pessoal dia 31 é 13!!!
Não vamos voltar ao passado negro, mas sim continuar o trabalho brilhante do Presidente Lula!!!

Felipe Corinthians disse...

Olá professor, chega a ser engraçado, mas tenho que destacar e comemorar seu posicionamento! Enquanto professores de História, creio que temos sim que tomar lado nas questões e isso não retira nosso olhar crítico das situações cotidianas! Temos opção política, temos posicionamentos e devemos sim socializar-los!!! Gostei da atitude! Sobre os projetos em jogo nas eleições, algo muito claro do caminho que queremos, voltamos a mentalidade governista de estado minimo? Ou continuamos dentro das possibilidades de mudanças significativas, avançando em questões basicas como educação e distribuição de renda? Por isso,meu voto também tem LADO: DILMA 13!!!!

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